Zona Sul: para além das praias

No Rio dos cartões-postais, há muito mais para descobrir
Entre o bondinho do Pão de Açúcar, as areias de Ipanema e o calçadão de Copacabana, a herança africana se revela em museus dentro e fora das comunidades, feiras e festas tradicionais, rodas de samba super animadas e até em um quilombo urbano.
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Atrações Imperdíveis

Favela Santa Marta
Em Botafogo, a comunidade se ergue com suas casas coloridas sobre o Morro Dona Marta. Você pode conhecê-la com segurança por meio dos tours e experiências da organização comunitária Brazilidade. Os guias mostram cantinhos especiais e explicam as dinâmicas da favela sob perspectivas históricas, sociais e culturais.
Feira da Glória
Todo domingo, a Rua Augusto Severo é tomada pela tradicional Feira da Glória, a maior feira livre da cidade. Além de flores, verduras e frutas, você encontra acarajé, tapioca e o clássico pastel acompanhado de caldo de cana. Também há roupas de brechó, cerveja artesanal e discos de vinil. De tarde, costuma ter rodas de capoeira e de samba na Praça Edson Côrtes.


Baile do Santo Amaro
O funk carioca é uma manifestação intrinsecamente ligada à cultura negra. Suas letras narram a vida, os amores e os desafios diários da população periférica carioca, e os bailes representam importantes momentos de lazer. Na Zona Sul, rolam bailes funks como o do Morro Santo Amaro, que acontece todo sábado no Catete. Ninguém fica parado ao som das batidas contagiantes!
Museu de Favela
Esse museu a céu aberto é composto pelo Circuito das Casas-Tela, uma sequência de murais grafitados por artistas de dentro e de fora das comunidades Cantagalo e Pavão-Pavãozinho em muros e paredes das casas de moradores. As pinturas retratam o cotidiano nos morros e contam um pouco de sua história, cultura e modos de vida. As visitas são acompanhadas por guias locais e duram cerca de três horas.


Samba da Sil
Idealizada pela cantora, compositora e percussionista Silvia Duffrayer em 2021, a roda de samba ocorre mensalmente no Morro da Babilônia, no bairro do Leme. Segundo ela, a ideia é “não deixar que o samba morra no lugar onde ele nasceu”. Além de ouvir música de ótima qualidade, você pode apreciar a vista maravilhosa lá do alto.
Quilombo Sacopã
Na Lagoa, um dos bairros mais nobres da cidade, resiste, há mais de 100 anos, o Quilombo do Sacopã, local de memória e cultura viva. Quem visita pode ver fotos das famílias que por lá viveram e conhecer a luta de seus ancestrais. Pelo menos um sábado por mês, são promovidas rodas de samba com feijoada. Em dias específicos e feriados há palestras, rodas de jongo e outros eventos.


Museu de Folclore
Instalado no belo conjunto arquitetônico do Palácio do Catete, o museu conecta os visitantes com tradições, costumes, histórias e lendas brasileiras por meio de um dos maiores acervos de arte popular do país. São milhares de objetos em exposição, de esculturas de carrancas a instrumentos musicais e equipamentos de trabalho tradicionais, como o alambique, usado na produção da cachaça.
Festa de Iemanjá
Inspirada nas festividades de Salvador, na Bahia, a celebração em homenagem à orixá (divindade das religiões de matriz africana) acontece no Arpoador, sempre no dia 2 de fevereiro. Mais de dez mil pessoas se reúnem para saudar a Rainha do Mar, ouvir apresentações de afoxé, jongo e samba, acompanhar o cortejo de oferendas e comprar comidinhas e produtos em uma feira de produtores negros.


Pandeiro
Esse instrumento de percussão foi trazido pelos colonizadores europeus e incorporado à cultura popular brasileira, sendo usado em várias festividades pela população negra do Rio desde o século 18. O chacoalhar dos seus discos metálicos dão ritmo e movimento ao samba e ecoam sons ancestrais.
Rocinha e Museu Sankofa
No bairro de São Conrado está localizada a famosa Rocinha, a maior favela do Rio de Janeiro e a segunda maior do Brasil – é uma cidade dentro da cidade. É possível conhecê-la com os tours dos guias do Museu Sankofa, que percorrem as ruas estreitas e sinuosas da comunidade enquanto contam histórias de resistência e solidariedade dos moradores. Agende pelo site.

Rostos que dão vida à rota
Sheila Souza
Ela é turismóloga, pós-graduada em cultura afro-brasileira e africana e fundadora e CEO da Brazilidade. A empresa oferece experiências guiadas, palestras e tours educativos na Favela Santa Marta, lugar onde Sheila nasceu e cresceu. Seu foco é mostrar a comunidade aos visitantes para desconstruir os estereótipos negativos relacionados à vida no morro.


Andressa Cabral
A cozinheira, empresária, apresentadora e pesquisadora presenteou o bairro do Leme com o Yayá Comidaria, restaurante especializado em comida afro-brasileira. No menu, você encontra pratos como o pastel de polvo com vatapá e o arrumadão de picanha de sol com pirão de queijo: a cada garfada, uma nova conexão com essa ancestralidade.
Rotas Airbnb
é uma iniciativa do Airbnb em parceria com organizações comprometidas em apoiar o turismo nacional por meio de rotas turísticas diversas e sustentáveis.
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