Bragança e Salinópolis

Praias, mangues e cultura viva
A 250 km de Belém, Bragança leva a alcunha de Pérola do Caeté, que se refere ao rio pelo qual é banhada. Terra de uma cultura riquíssima, a cidade sedia em dezembro a famosa Marujada de São Benedito, festividade com mais de dois séculos de tradição. Fique alguns dias para apreciar as construções do centro histórico e curtir os balneários que proporcionam banhos refrescantes em igarapés e lagoas. Depois, siga a Salinópolis para descobrir suas deliciosas praias.

Atrações Imperdíveis

Praia do Ajuruteua
Banhada pelo Oceano Atlântico, essa faixa de areia parece não ter fim. A mesma sensação se tem diante dos manguezais, que fazem parte da maior faixa contínua dessa vegetação existente no planeta. Na simpática vila de pescadores, há pousadas, restaurantes e serviço de guias que levam para trilhas ecológicas e passeios de barco.
Lagoa Azul
Na comunidade de Tamatateua, a Lagoa Azul tem águas mornas que atingem belos tons de azul e verde. Perfeito para relaxar e tomar sol, o espaço fica aberto diariamente e conta com bar, deques e vestiários.


Casa de farinha
Em Bragança, é feita a que é considerada por muitos a melhor farinha de mandioca do Pará: a região exibe até selo de indicação geográfica, reconhecimento que se dá a um produto com condições especiais de fabricação. Esse saber ancestral é compartilhado nas casas de farinha, onde os visitantes podem vivenciar as etapas do processo de produção, desde descascar a mandioca até preparar a torra nos fornos artesanais. Uma experiência única!
Marujada de São Benedito
Uma das festas religiosas mais vibrantes do estado e do país, a Marujada de São Benedito tem origem na homenagem que os africanos escravizados prestavam ao santo preto, há mais de 200 anos. Em dezembro, homens e mulheres saem em cortejos e procissões usando roupas brancas, saias azuis ou vermelhas e chapéus decorados com fitas e penas. A adoração ao santo inclui rodas de dança de retumbão, um ritmo tradicional, um leilão com ‘guerra’ de cascas de pitombas (os frutos do pitombeira, muito consumidos na região) e uma procissão fluvial.


Mirante de São Benedito
Muito frequentado pelos bragantinos, o mirante tem vista panorâmica para o Rio Caeté. Lá no alto, está uma imagem de 16 metros de altura de São Benedito segurando o menino Jesus e um pão, simbolizando sua história e seus milagres. Apareça no fim da tarde, quando famílias e casais se reúnem para admirar o pôr do sol.
Cerâmica bragantina
Quem visita Bragança pode presenciar a produção regional de cerâmica. Na Vila Que Era, dá para conferir o processo de modelagem e ouvir histórias de uma família de artesãos locais que já está na quarta geração. Outro polo importante é o da Cerâmica São Mateus, onde o carro-chefe são as panelas feitas com argila refratária.


Centro histórico de Bragança
Bragança compõe o primeiro polo de ocupação europeia na Amazônia: antes da colonização portuguesa, os franceses já tinham passado por lá. Em um passeio a pé pelo centro da cidade, chamam a atenção construções como o Palacete Augusto Corrêa, de 1902, a Catedral Nossa Senhora do Rosário, construída pelos africanos escravizados em 1854, e a Igreja de São Benedito, projetada pelos jesuítas, em 1753. Dali, caminhe pela orla do Rio Caeté, revitalizada em 2023, com calçadão e restaurantes.
Salinópolis e Praia do Atalaia
Em Salinópolis, a 215 km de Belém e 120 km de Bragança, o encontro dos rios e da vegetação amazônica com o mar dão um show na paisagem – a cidade é comumente chamada de Salinas, seu antigo nome. Atalaia é considerada por muitos a praia mais popular da região, com uma larga faixa de areia e restaurantes que servem quitutes locais. No mês de julho, várias estruturas são construídas para abrigar shows de artistas locais e nacionais.


Lago Iguna
Quem caminha pelas dunas a partir da Praia do Atalaia chega a esse cênico lago de águas doces e escuras, também conhecido pelo nome de um refrigerante famoso. Parte da área de preservação do Monumento Natural Atalaia, o lugar é enfeitado pelo branquinho da areia e o verde da vegetação da restinga.
Ponta do Espadarte
Segredinho de Salinópolis, o lugar fica no final da Praia do Farol Velho. É só atravessar o Rio Arapepó com um dos barqueiros locais para chegar em uma linda ponta de areia entre as águas doces e salgadas. O silêncio contrasta com o agito das outras praias da cidade: é o lugar perfeito para relaxar e curtir o dia até o pôr do sol, observando o vaivém das ondas e os movimentos graciosos das garças e dos guarás.


Orla do Maçarico
Com uma nova estrutura inaugurada no fim de 2023, a orla é um local de lazer para moradores e visitantes. Tem parquinho infantil, quadras de areia, lanchonetes e muito espaço para contemplar o mar. Uma escadaria dá acesso ao segundo patamar, com estacionamento e ciclofaixas.
Farol de Salinópolis
Antes de passar pelo pórtico de entrada da cidade, já é possível avistar a armação metálica vermelha do farol, com 39 metros de altura. A construção compôs um pedido feito em 1891 pela Marinha Brasileira ao engenheiro francês Fréderic Barbier – o farol funcionou na Ilha de Apehu até 1936, quando foi desativado e remontado na zona urbana.

Rostos que dão vida à rota
Dário
O historiador e professor é apaixonado por Bragança, sua cidade natal. Combinando pesquisa acadêmica e atividades educacionais e comunitárias, seu trabalho promove a valorização do patrimônio histórico e cultural da região, principalmente a Marujada de São Benedito.

Rotas Airbnb
é uma iniciativa do Airbnb em parceria com organizações comprometidas para apoiar o turismo nacional por rotas turísticas diversas e sustentáveis.
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