A Vila de Alter do Chão acolhe os visitantes com simplicidade e alto astral. Na praça principal, há rodas de carimbó e barraquinhas de comidas típicas como o vatapá paraense. Pelas ruas adjacentes, lojinhas vendem itens do artesanato regional e restaurantes servem receitas com peixes de rio.

Cartão-postal de Alter por excelência, a ilha tem uma faixa de areia branquinha banhada de um lado pelo chamado Lago Verde, com suas águas translúcidas, e, do outro, pelo majestoso Tapajós. Uma caminhada pela mata leva até a Serra Piraoca, ponto mais alto da região, que deixa encher os olhos com a paisagem.

Nesta reserva pode-se visitar comunidades tradicionais como a Jamaraquá e ter uma verdadeira aula sobre a vegetação amazônica: nomes como copaíba, jatobá, quina-quina, cipó apuí e palha curuá entrarão no seu vocabulário. A sumaúma gigante, celebridade da floresta, é o ponto alto do passeio.

Suba em um barco e contemple as belezas da mata ao redor: bichos-preguiça, macacos, jacarés e quem sabe até simpáticos botos podem dar as caras. Repare nas casas ribeirinhas sobre palafitas e no “jardim” de vitórias-régias no caminho. Pare para um banho na bela praia de Ponta das Pedras e encerre com o pôr do sol inesquecível na Ponta do Cururu.

O município vizinho de Belterra também guarda alguns tesouros à beira do Tapajós. Pindobal é a praia mais procurada, com seus pitorescos quiosques de palha que fazem sombra sobre espreguiçadeiras diante das águas plácidas do rio. A ida até lá casa bem com uma passada na Ponta do Muretá para admirar o crepúsculo.

A mais bela das praias banhadas pelo Rio Arapiuns, Ponta Grande tem pequenas piscinas naturais e um cinturão comprido de areia que permite caminhar ladeado pela água. Perto dali, os moradores de Coroca mostram a produção de mel, o artesanato feito com palha de tucumã e um lago cheio de tartarugas.

Também às margens do Rio Arapiuns, as comunidades são referência no turismo de base comunitária. No passeio pela região, dá para conhecer as atividades tradicionais dos moradores, incluindo a arte da cestaria, e de quebra dar um mergulho na Ponta do Icuxi.

Nascida na comunidade de Coroca, ela é uma das mulheres à frente da Trançados do Arapiuns, projeto de uma associação que nasceu para valorizar o artesanato feito com a palha de tucumã. Na sede, visitantes podem conhecer esse incrível trabalho.

Em Santarém desde os anos 1990, ela uniu a vivência na floresta e a experiência com jornalismo, gastronomia e artesanato para pensar sua casa de hóspedes, charmosa e intimista, onde dispõe refeições pautadas na cultura amazônica.

Criada em Belém, conhece Alter desde criança. Hoje, está por trás de um dos restaurantes mais bacanas da vila, o Ty Comedoria e Bar. O cardápio tem elementos 100% locais, com peixes de rio e ingredientes de produção familiar. A prata da casa é o filhote com molho arubé e crosta de castanha-do-pará.